quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Embate entre a CUT e Serra sobre aumento de salário

José Serra
José Serra negocia o aumento de salário com a Central Única de Trabalhadores.

O candidato a presidência pelo PSB, José Serra e atual governador de São Paulo, propõe a criação de uma piso regional composto por três faixas salariais - R$ 410, R$ 450 e R$ 490. A iniciativa, segundo o governo paulista, é fundamentada no artigo 7º da Constituição e na Lei Complementar Federal 103/2000, que autorizam os Estados a instituir o piso salarial regional para empregados que não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. Neste caso, também ficam de fora da medida os servidores públicos municipais e estaduais e os que possuem contratos de aprendizagem.

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP) quer uma nova definição sobre o valor do salário mínimo no Estado. Segundo o presidente da central, Edílson de Paula, a implementação do novo salário mínimo em São Paulo deve ser superior à proposta do governador José Serra (PSDB) apresentada em abril. Para o presidente da CUT, "por conta do dinamismo da economia regional e da capacidade de oferta de melhor remuneração aos assalariados" o piso proposto deve ser revisto.

A central contesta a definição e reivindica um diálogo com o governo e com a Assembléia Legislativa do Estado. Eles querem participar ativamente das discussões para definição de um mínimo para todos os trabalhadores assalariados dos setores público e privado do Estado. De acordo com Edílson de Paula, é preciso realizar uma audiência pública na Assembléia que contemple a participação das demais centrais sindicais e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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